Capítulo 12
À minha frente estavam os dois assassinos restantes.
Um deles, confuso com o que aconteceu, deu um passo para trás.
O outro ficou completamente imóvel. Sob o manto, uma bainha era visível.
Ele segurava a espada perto da cintura.
(Esse cara...)
O que segurava a espada gesticulou para as costas. Logo o outro seguiu as instruções e desapareceu.
Em vez de um 1x2, parecia que seria um 1x1.
O que tinha a lâmina deu um passo à frente.
Após um breve silêncio, ele abriu a boca.
"Você não vai atrás dele, né?"
"Se você deixar, eu vou."
"Hmmm... mas isso não vai acontecer."
"Como esperado."
"Hã... Professor?"
Iris parecia bastante preocupada com o que aconteceu e abriu a boca.
Fiz um sinal para ela se certificar de que se mantivesse calma. Eu já derrotei um deles – bem, três, na verdade.
Seja como for, a que estava diante de mim parecia ter uma atmosfera diferente das demais.
"Na verdade, fiquei bastante animado para lutar com a 'Princesa Espadachim', sabia?
Mas agora que finalmente a conheci, ela parece uma garota normal. Acabar com ela sob o efeito do veneno pareceu meio tedioso...
Mas aí você apareceu. Isso me deixou bem feliz, rapaz. Finalmente alguém com quem vale a pena lutar."
"Isso que acabei de ouvir é um elogio?"
"Com certeza!"
Ao levantar a voz, o assassino tirou o manto. Ele vestia um quimono cinza.
Sua postura, porém, não parecia boa. Enquanto acariciava o rosto sem barbear, tirou a espada das costas.
"Meu nome é Azuma Kurai. Eu sou um membro da 'Gangue dos Espadachins'"
"A gangue... dos Espadachins?!"
Ao ouvir esse nome, Iris pareceu bastante preocupada.
Eu também conhecia esse nome. Era o de uma gangue de mercenários que gostava de matar pessoas.
Contanto que tivessem dinheiro, matariam qualquer alvo. Mas eles eram uma espécie de lenda.
E por isso, chamá-lo de "Mestre Espadachim" não é algo fora do comum.
"Oooh... Você conhece esse nome, garota?"
"Claro. Vocês têm uma bela reputação. Eu sou..."
"Tanto faz. Não tenho tempo para conversar com você. Meu primeiro compromisso é com o pequeno mestre ali."
"Primeiro compromisso, você disse. Acho que você ainda não marcou um horário."
"Não é ótimo? Estamos só esperando para ver quando podemos abater o outro. Enquanto conversamos, ou depois?
Quando você inspira ou expira? Ou talvez quando você pisca. Alegre-se com o medo da morte."
"O medo da morte, você disse. Mas eu realmente não sinto isso agora." "Bom, muito bom. Isso poderia continuar indefinidamente, certo? Mas eu realmente não consigo me conter-"
Naquele exato momento, Azuma fez seu movimento. Eu não estava realmente planejando me mover do meu lugar, no entanto.
Ele puxou a espada que pendia de sua cintura. Ela brilhava em prata.
Iai-Jitsu. É uma das técnicas de espada que os guerreiros usam. Parecia que não havia mais distância entre nós.
A espada me alcançou. Era uma espada feita por magia infundida. Parece que Azuma aqui usa a mesma técnica que eu.
A atmosfera estremeceu. As árvores farfalharam. Quando nossas espadas se chocaram, uma imensa explosão aconteceu.
Isso fez Azuma recuar.
"Aquilo era 'Invisível', certo?"
"Você sabia só de olhar?"
Nossas espadas só se chocaram uma vez, e Azuma já sabia qual era a minha técnica de espada.
"Mas não só olhando. Também ouvindo, essa técnica de espada... É a mesma do Mestre da Espada, não é?"
"Se você já sabe tanto assim, então não precisa ser mesquinho, né?"
Era a minha vez de agir.
Abaixei as costas e balancei o braço. Era... A lâmina invisível. Infundindo magia de vento, criei uma lâmina apenas com a pressão do vento.
Normalmente falando, isso não é algo que possa ser considerado uma espada.
Principalmente pelo fato de que você não a vê de verdade, já que é vento e você também não segura nada.
Seja como for, eu uso uma espada de vento. Ela requer muita energia mágica para ser conjurada e pode ser usada por apenas uma fração de segundo.
Ela não afeta ninguém que esteja a uma distância muito grande.
Isso é o que "Invisível" significa – a técnica de espada que era uma das especialidades de Raul Izal.
Os poucos metros entre mim e Azuma estavam parados, e o som de nossas espadas se chocando podia ser ouvido.
Não era o som de duas espadas de metal se chocando. Era o som de um saco comprimido explodindo.
Com estrondos, as duas lâminas invisíveis se chocariam. A batalha foi decidida pouco depois.
"KA—-"
Com sua lâmina de vento, Azuma parecia ter arranhado minha bochecha.
O que cortou o corpo de Azuma em pedaços, porém, foi minha lâmina de vento. Vento contra vento, lâmina contra lâmina.
Chocando uma com a outra. Quem saiu vitorioso fui eu.
Azuma caiu no chão pouco depois disso.
Ele rapidamente se levantou e embainhou a espada. Ficou com uma expressão medonha no rosto.
Mas, de alguma forma, ele também parecia bastante feliz.
Ele encontrou alguma forma de felicidade durante a batalha que travamos. O que era de se esperar de alguém da Gangue dos Espadachins.
Eu realmente não senti muita coisa por tudo isso.
Nós simplesmente cruzamos espadas.
Eu cortei a espada dele e o deixei com um ferimento fatal.
Embora ele tivesse esse ferimento, ele ainda se virou e sorriu.
"Como te chamam?"
"Alta Schweiss. Mas sou professor nesta academia desde ontem."
"Alta, hein? Obrigado. Morrer por um ferimento desses. Hahaha- hahaha-"
Azuma soltou uma risada imensa antes de cair no chão.
Ele parecia incapaz de se mover.
"Uauuuuuu"
Dei um suspiro de alívio. Eu estava um pouco preocupado ali mesmo.
Faz um tempo que não preciso me concentrar na luta em questão.
A Gangue dos Espadachins. Se houver mais deles, posso quebrar um osso ou dois durante este trabalho de guarda-costas.
Mas se houver outros, eles podem estar atrás de Iris também.
Além disso, era só um deles desta vez. Se pessoas como Azuma se juntassem, a briga seria e tanto.
(Eu realmente deveria pedir um aumento de salário ao capitão...)
Com uma expressão séria, Iris me olhava.
Um deles escapou, mas desta vez não tinha jeito. Se eu for atrás daquele cara agora, Iris pode estar em perigo novamente.
Parece que o veneno paralisante ainda está fazendo efeito. Iris estava parada ali com o rosto abatido, com pouca força restante.
Aproximei-me dela.
"Meu verdadeiro poder é algo assim. Eu realmente não sei o que te faz querer tanto lutar comigo, mas agora você já deve saber qual seria a extensão do meu poder.
"…."
"Vamos voltar por enquanto?"
Estendi a mão para Iris para lhe dar apoio.
Ela a agarrou, mas ainda parecia ter bastante força, especialmente para alguém sob o efeito de um veneno paralisante.
"Muito obrigada. Sem você, eles teriam me pegado."
"Hm!"
Abri os olhos, surpresa.
Depois de olhar para a minha batalha, ela proferiu essas palavras.
(Essa garota é de verdade?)
Completamente surpresa, não consegui responder ao que ela acabara de me dizer.