Resultado da Evolução Final 

Eu — Takamiya Shouta — fui transportado para outro mundo por uma voz que se autodenominava “Deus”.

Na verdade, chamar isso de transporte não é tão correto.
O mais certo seria dizer invocação.

Afinal, ao nosso redor — todos nós, alunos da escola inteira — havia um monte de pessoas usando mantos, nos encarando fixamente.


“Então aqui é outro mundo!?”

“No começo foi tão repentino que eu fiquei perdido, mas…”

“Pensando bem, já que todo mundo aqui provavelmente ganhou algum tipo de cheat, não tem motivo pra se preocupar, né?”

“Lutar contra o Rei Demônio deve ser moleza!”

“Mas eu ainda tô meio…”


Enquanto observava as pessoas que nos cercavam, percebia que cada um dos meus colegas reagia de um jeito: alguns empolgados, outros claramente nervosos.

Normalmente, se você fosse invocado assim do nada, não ia ficar feliz — ia ficar puto. Eu ficaria irritado. Aliás, já estou irritado.

Afinal, eu tenho meu pai e minha mãe lá na Terra.
Além disso, tenho vários amigos fora da escola também.

E eles, provavelmente, já nem devem se lembrar de nós, que fomos invocados.
Quantas pessoas aqui entendem o quanto isso é triste?

E outra… por causa dessa história de superpopulação ou sei lá o quê, nos arrastaram pra cá sem dó. Que grande aborrecimento.
Levem gente de outros países, pô. Aqui a gente já tá em baixa natalidade! Façam uma pesquisa decente antes de sequestrar os outros.

Mesmo resmungando por dentro, não parei de analisar ao redor. Nunca dá pra saber como a situação pode piorar.

Parecia que havíamos sido invocados dentro de uma sala de pedra, escura e enorme.
Eu achei que, por ser a escola inteira, seríamos invocados ao ar livre ou algo assim… mas era um salão fechado, e surpreendentemente gigante.

Enquanto pensava nisso, alguém me chamou pelas costas.


“Ah, aí está você! Shouta!”

“Maninho!”

“!”

Olhei para onde a voz veio e vi um garoto e uma garota vindo na minha direção.


“Kenji! E Miu! Como vocês me acharam?”

“Bom, fazemos jus ao título de amigos de infância, né?”

“Eu só vim junto com o Kenji-oniichan.”


Os dois que se aproximaram eram Araki Kenji — meu amigo de infância, quase um irmão — e Takamiya Miu, minha irmã mais nova.

Kenji tinha cabelo castanho curto e um sorriso simpático.
Na nossa escola isso não é incomum, mas ele é bonito o suficiente para ser considerado nível idol.

Miu tinha cabelos pretos até os ombros, presos com um grampo em forma de flor, e transmitia uma mistura de pureza e energia só pela aparência.
Mesmo sendo irmão, eu admito: ela é muito fofa.
Mas eu não sou siscon, tá? Não sou.

E antes que pergunte: nenhum dos dois pertence a nenhum grupo idol.
Nós três até já recebemos convites, mas ninguém tinha interesse, então recusamos.

Mas sério, ser amigo de infância não tem nada a ver com me encontrar tão rápido…


“Aliás, Miu, é senpai Araki, certo? E você, me chama de Miyashiro-senpai, não de ‘onii-chan’.”

“Eeeeh~ mas a gente não tá na escola, então tá tudo bem! E chamar meu próprio irmão de ‘senpai’ é muito esquisito e eu odeio isso!”

Bom… verdade seja dita, eu também acharia muito estranho ela me chamar assim.


Enquanto conversávamos, mais duas vozes chamaram por nós.


“Ah! Achei vocês!”

“Procuramos por vocês!”

Viramos na direção da voz e vimos duas garotas se aproximando.


“Oh, é a Eri e a Rika.”

As duas que chegaram eram:
• Niijima Eri, minha namorada;
• Murata Rika, namorada do Kenji.

Eri tinha o cabelo preso de forma simples, rosto juvenil e era ainda mais baixa que Miu — talvez a menor de toda a série.
E não, eu não sou lolicon. De novo, NÃO sou.

Rika tinha cabelos pretos ondulados e olhos um pouco caídos, o que lhe dava um ar gentil e tranquilo. Na verdade, ela é bem calma mesmo.

Ah, e essas duas são idols relativamente famosas. Na verdade, fazem parte de um grupo idol.


“Pronto, agora praticamente todo mundo do nosso grupinho tá reunido.”

Quando Eri e Rika chegaram, Kenji comentou isso.


“Ué? Mas e a Kanna*? E a Hino-san? E o Seiichi?”

(*Provavelmente “Kanna” = Kanna-dzuki. Seguindo o original.)

Eri perguntou com sua voz um pouco arrastada, e então olhamos ao redor.


“Eu vi o Hino há pouco, estava com uns amigos.”

Kenji respondeu, mas mesmo assim não vimos nenhuma pista de Kanna-senpai nem de Seiichi.


“Bom… Kanna-senpai deve estar bem, mas o Seiichi…”

“Então aquele negócio do ‘aluno que não seria transportado junto’ era mesmo sobre o Seiichi-oniichan!?”

Antes que eu terminasse minha frase, Miu perguntou aflita.


“Não tenho certeza, mas…”

“Vou confirmar com um colega de classe do Seiichi.”

Kenji então agarrou um aluno da classe do Seiichi que estava passando por perto.

“Ei, Aoyama.”

“Hm? O que foi, Araki?”

Kenji havia agarrado Aoyama, o capitão e craque do time de futebol.

“Você sabe onde está o Seiichi?”

“Seiichi?”

Aoyama franziu o cenho, como se nem soubesse de quem estavam falando.

“Tinha alguém com esse nome na minha classe?”

Nós fizemos uma expressão feia ao ouvir aquilo.

Então, um cara chamado Ooki, que estava perto dele, riu e comentou com Aoyama:

“Aoyama, o Seiichi é aquele porco, o porco! Ihihihi!”

“Porco? …Ah! Aquele gordo desgraçado! Com um nome tão legal assim, achei que fosse algum bonitão.”

Depois do comentário de Ooki, Aoyama finalmente lembrou, rindo debochado.

“Aquele lixo não tá aqui, não. Ia ser peso morto pra gente, então a gente nem deixou ele entrar no grupo.”

“Isso mesmo. Um sujeito inútil daquele tipo devia era morrer logo— gueh!”

Antes que Ooki pudesse terminar a frase, ele foi interrompido brutalmente.

Porque Kenji levantou tanto Aoyama quanto Ooki do chão, cada um segurando pelo colarinho com uma única mão.

“Ei, seus merdas… quer dizer que vocês simplesmente descartaram o Seiichi?”

A voz de Kenji estava baixa, carregada de fúria.

Normalmente ele era amigável, sorridente, super de boa com todo mundo… mas, quando ele se irritava de verdade, ficava assustador.

Ele tinha 1,85 m, treinava boxe e a força dele era absurda.

“Q-Que foi!? Qual o problema!?”

“I-Isso aí! A gente só tá falando a verdade!”

Mesmo com o rosto contorcido pela dor, os dois insistiam na arrogância.

“Filhos da—”

Kenji estava prestes a explodir, quando…


“Calma. Não precisa esquentar tanto.”

De repente, uma mão branca e delicada pousou sobre o braço de Kenji.

“K-Kannazuki-senpai…”

“Coloque-os no chão.”

A dona daquele cabelo preto sedoso, que descia até a cintura, e daquela aura elegante e fria, era Kannazuki Karen — presidente do conselho estudantil e também nossa amiga de infância.

Kenji, que sempre foi incapaz de ir contra ela, bufou, mas obedeceu. Ele soltou os dois bruscamente, fazendo-os cair sentados no chão.


“Por que você me impediu!? Por culpa desses caras o Seiichi…!”

“Eu sei. Eu também estou com raiva.”

Ao ouvir isso, Kenji ficou pálido e calou na hora.

Nós também ficamos gelados.
Houve uma única vez em que Kannazuki-senpai perdeu a paciência com Seiichi, e… naquele dia, sinceramente, ele só não morreu por milagre.

E agora ela estava claramente irritada. Muito.
O clima ao nosso redor dava vontade de ir embora pra casa imediatamente.

Kannazuki-senpai percebeu o terror que estávamos sentindo e deu um leve sorriso, antes de se agachar diante de Aoyama e Ooki.


“Pelo visto, só um aluno da sua sala não está presente aqui.”

“S-Sim…”

Aoyama respondeu tremendo.

Kannazuki-senpai então lançou um olhar congelante sobre os dois.


“Que tolice. Realmente tolice. Estamos numa situação de extremo perigo, e mesmo assim vocês continuaram com esse tipo de bullying idiota?”

“Isso…”

“Pelo visto, o nível humano da sua sala é só isso mesmo. Não tenho mais nada a dizer a vocês.”

Ela desviou o olhar e se levantou.

Caramba… que implacável.

Kannazuki-senpai era herdeira do famoso Grupo Kannazuki, extremamente rica e inteligente.
Ela poderia estar estudando em qualquer escola de elite, mas decidiu vir para a nossa só porque era a mais perto de casa — e porque não queria se separar de nós.

Bom… na verdade, principalmente porque não queria se separar dele.

Além disso, ela era incrível em tudo: bonita, elegante, educada, inteligente, atlética…
No nosso colégio — especializado em formar idols —, ela ainda assim se destacava mais que qualquer um.
Era idolatrada por meninos e meninas.

E, claro… Aoyama e Ooki eram dois dos seus fãs.

Eles estavam devastados depois de ouvir aquelas palavras.

Quando percebi isso, Kannazuki-senpai já tinha voltado ao seu modo “normal”, como se nada tivesse acontecido.


“De qualquer forma… Seiichi também tem parte da culpa nisso.”

“Isso…”

Kenji tentou discordar, mas era verdade.

Nós o conhecíamos bem: Hiiragi Seiichi era bom demais. Bom até demais.

Eri, Rika e Hino só conheceram ele no ensino médio, então para elas ele é só um amigo comum.

Mas para mim, para Miu, para Kenji e para Kannazuki-senpai… ele era diferente.

Ele era nosso amigo de infância — alguém insubstituível.

Mesmo sendo constantemente intimidado desde pequeno, ele sempre nos ajudou.
Já chegou a salvar nossas vidas algumas vezes.
E seu jeito positivo fazia qualquer pessoa ao redor se sentir melhor.

Mas, no ensino médio, ele começou a evitar a gente.
Não queria atrapalhar nossa “imagem”, já que todos nós tínhamos alguma popularidade.

Mesmo perguntando várias vezes, ele nunca admitia estar sendo intimidado.
Quando perdeu os pais e ficou recluso, ele também não pediu ajuda.

Era como se ele não confiasse em nós o suficiente.
E isso doía.

Queríamos que ele confiasse, que pedisse ajuda… mas ele preferiu carregar tudo sozinho.

E por isso continuou sendo alvo de bullying.

Pensar nisso me deixou com raiva e tristeza ao mesmo tempo.

Então Kannazuki-senpai sorriu levemente e disse:


“Mas… se for o Seiichi, ele vai ficar bem.”

Para quem não conhece a história, isso poderia parecer otimismo ingênuo.

Eri e Rika até inclinaram a cabeça, confusas.

Mas nós três — eu, Miu e Kenji — sorrimos sem conseguir evitar.


“É… ele vai mesmo.”

“Onii-chan sempre dá um jeito…”

Pois é.
Seiichi vai ficar bem.

Sem motivo nenhum, nós só… sabíamos.

A forma positiva e inesperada dele lidar com tudo beirava o sobrenatural.

Se fosse ele, sairia de qualquer situação dando risada.


“Não é, Seiichi?”

Sussurrei isso baixinho.

◆◇◆



Eu… Hiiragi Seiichi, estava diante de uma realidade tão inesperada que nem sabia como processar.

“Seiichi! Não! Eu não quero que você morraaaa!”

Saria gritava desesperada enquanto se agarrava ao meu corpo caído ao chão.

E eu… estava olhando essa cena de cima.

Sim, deixa eu explicar direitinho.

Eu estava—

“FORA DO MEU PRÓPRIO CORPO, DESGARRADO IGUAL UM FANTASMAAA!?”

Exatamente isso.

Cara… isso tá MUITO errado!? Eu virei um fantasma!?

Calma, calma… respira… deixa eu tentar organizar o que aconteceu e entender como cheguei aqui.

Primeiro, aquela voz que parecia me avisar sobre uma “evolução” ecoou na minha mente, e aí eu simplesmente apaguei. Provavelmente porque a dor ultrapassou o limite do suportável.

E quando acordei… estava assim. Olhando de cima para mim mesmo, com a Saria desesperada me abraçando.

Quando tentei olhar pra mim… era tudo transparente, sem pernas, tipo uma fumaça com formato duvidoso.

Ou seja: um fantasma profissional.

“Mas essa não é a hora de analisar! EU TÔ MORRENDO DE VERDADE, NÉ!?”

E pior: MEU CORPO ali embaixo… tá completamente bizarro!

Meu cabelo ainda parece normal, mas o resto do corpo…

BULGE! PLOP! GONK! BWAFF!
Ele fica inflando, encolhendo, distorcendo…
Meu corpo não está mais com forma humana!

E eu juro que ouvi sons que um corpo humano NÃO DEVERIA fazer:
Kyuiiiin! Dogangakinzugan! Zugoaaaa!

Cara… meu corpo parece um slime usando roupas. É perturbador.

Eu gostaria de ver como fiquei depois da evolução, mas COM ESSA MASSA DEFORMADA!? Nem dá pra saber se continuo eu mesmo. Aliás… engraçado que eu me pego pensando nisso tão calmamente. Acho que já tô ficando doido.

Enquanto eu encarava aquela bagunça grotesca chamada “meu corpo”, Saria de repente pareceu lembrar de algo.

“C-certo! Numa hora dessas… é isso que se deve fazer!”

Uma hora dessas?
Saria… em que momento da vida alguém precisa socorrer um humano que virou slime!?

Ela então diz, sem hesitar:

“Massagem cardíaca e respiração boca a boca!”

NÃO! NÃO NÃO NÃO!
COMO ASSIM!!?

Massagem cardíaca num SLIME!?
E respiração boca a boca ONDE!? MEU ROSTO É UM PURÊ!!

E como é que ela sabe RCP!? De onde ela tirou isso!?

“Agora que sei o que fazer, vou começar!”

NÃO É PRA COMEÇAR!
MEU CORPO É UMA GELATINA!

Meu peito (se é que aquilo era peito) é totalmente amorfo! Mesmo assim ela posicionou as mãos e começou:

“Ei! Ei! Ei! Ei!”

O movimento até que tava certinho… se EU AINDA TIVESSE OSSOS!
Mas eu era um travesseiro molengo!

Depois de uns 30 apertões, ela tentou fazer respiração boca a boca, mas…

“Hã? Onde ficam a boca e o nariz mesmo?”

ISSO! Não sabe!? ENTÃO PRA QUE COMEÇOU!?

Mas claro, minha voz não chega até ela. Sou um fantasma, afinal.

E então… ela solta outra pérola:

“Ah! Já sei! É porque os meus poderes não foram suficientes!”

Nããããããããããão é issooooo!!!
Nada a ver! ZERO!

Mas ela não me escutava.

“Então… eiii!”

De repente o corpo dela brilha e ela volta a virar Goria — a versão gorila dela usando apenas uma camisa comprida.

“Seiichi, espera. Vou salvar você agora.”

MEU DEUS.

POR QUE ela virou gorila de novo!?
Por que não só o braço, por que o corpo todo!?

Antes que eu pudesse pensar, Goria ergue os punhos…

E…

“EII!”

BAM!!!

“MEU CORPOOOOOOOO!!!”

Meu corpo virou panqueca. Literalmente.
Eu ouvi “BETCHAAA”.

“Ah…?”

“AH?” NÃO!
MEU CORPO ESTÁ EM PEDAÇOS POR AÍ!!!

Eu, em forma de fantasma, só conseguia gritar mentalmente.

E então…

Algo absurdamente impossível acontece.

Os pedaços começam a mexer…
E lentamente se juntam…

Formando um único bloco amorfo.

Eu encarei aquilo em silêncio.

Sério… tá tudo bem com a minha cabeça?
Eu realmente tô vendo isso?

Se eu voltar pra esse corpo… não vou ser mais humano, né?
Talvez nem ser vivo eu seja mais…

Então de repente, meu corpo-bloco começa a BRILHAR.

Goria tapa os olhos:

“Minhas vista! Minhas vista~”

De onde ela conhece essa referência!? Ah, fui eu quem ensinou!

Enquanto ela fazia drama, eu senti uma força absurda me puxando.

“Hã!? Que—”

Ao olhar para a origem da força…

Era meu corpo brilhante.

“Espera… eu vou voltar pra ESSA COISA!?”

Aquilo nem forma de pessoa tinha!
Era só um bloco brilhante com roupa!

Mas por mais que resistisse, fui puxado e absorvido de volta.

E… foi uma sensação estranha pra caramba.

Mesmo sem forma humana, era como se o corpo… encaixasse perfeitamente em mim.
Eu sentia tudo, mesmo sem olhos, ouvidos, nariz… Nada.

E então, meu corpo começou a se moldar.

Formando braços… pernas… tronco… cabeça.

Eu realmente virei humano de novo.

Ou… algo parecido.

“Se-Seiichi…”

Mesmo antes de abrir os olhos, eu sabia que Saria já tinha voltado à forma normal.

Quando meu corpo finalmente terminou de se moldar, abri os olhos devagar.

Olhei para mim mesmo.

As roupas eram as mesmas.

As mãos, pernas e torso estavam lá… mas MUITO mais definidos.
Meu corpo parecia ter ganhado músculos e proporções perfeitas.
Minha visão estava mais alta.

Toquei o rosto… a pele estava lisa, sem espinhas.
Meus cílios pareciam mais longos.
Não tinha mais barba nem marcas.

E o cabelo…
Caramba, tinha MUITO cabelo.
Eu tava quase ficando calvo antes…

Enquanto me analisava, percebi Saria me encarando.

“P-poh…”

Ela estava toda vermelha, olhando pra mim com cara de apaixonada.

Bom, melhor isso do que quando ela vira gorila.

Mas sério… ela não se assustou nem um pouco vendo meu corpo virar slime mutante.
Ao contrário, tentou me salvar.
Eu sinceramente não sei o que ela vê em mim…

Mas enfim. Hora de ver o que realmente importa.

Meu STATUS.

Com um pensamento, abri a janela de status para ver o que mudou após a evolução.


≪Hiiragi Seiichi≫

Raça: Humano (Humano)
Sexo: Masculino (Masculino)
Classe: Monstro Sem Nome (Mago-Espadachim)
Idade: 17 (17)
Nível: 1 (1)

MP: 116024 (11)
Ataque: 118075 (11)
Defesa: 113252 (11)
Agilidade: 120252 (12)
Ataque Mágico: 115563 (11)
Defesa Mágica: 116665 (11)
Sorte: 109030 (10)
Carisma: À beira de explodir de tanto amor (10)


≪Equipamentos≫

  • Camisa refinada

  • Calça refinada

  • Roupa de baixo refinada

  • Cueca refinada

  • Corrente do Macaco Sábio

  • Adaga da Jóia da Água

  • Pulseira da Noite

  • Gargantilha da Pedra do Rei Negro

  • Colar do Amor Infinito

  • Espada fina do Ódio Turbulento

  • Espada fina da Compaixão Transbordante


≪Habilidades Exclusivas≫

  • Memória Instantânea

  • Memória Perfeita

  • Aprendizado Instantâneo

  • Regeneração Instantânea

  • Desmontagem Completa

  • Olho Espiritual


≪Habilidades≫

【Ataque】
Chute Cortante, Presas Gêmeas, Garra Brutal

【Resistências】
Resistência a Paralisia, Sono, Confusão, Encantamento, Petrificação, Obstrução, Veneno, Fadiga

【Movimento】
Instante

【Especial】
Análise Avançada, Super Syntese, Criação de Itens: Super-Classe, Detecção, Dissimulação, Fusão, Visão de Mil Milhas


≪Magias≫

  • Magias de Vida

  • Magia de Água: Extrema

  • Magia das Trevas: Extrema


≪Técnicas Secretas≫

  • Vendaval

  • Corte Relâmpago

  • Névoa


≪Artes Marciais≫

  • Estilo Zeford de Espada Defensiva: Fundador


≪Títulos≫

  • Tocador Fedorento

  • O Homem Que Tem uma Gorila Como Esposa

  • O Topo de Tudo

  • Sem Noção de Autolimitação

  • Rei dos Machos


≪Dinheiro≫

1.000.000.000 G


"Não dá, não tô entendendo porcaria nenhuma…!"

A bagunça desse status já ultrapassou completamente qualquer coisa que eu consiga compreender!

Tem coisa demais aqui! O que aconteceu!?

E ainda por cima, minha raça voltou a ser “Humano”! Mesmo depois daquilo tudo!? Aquele pesadelo de evolução bizarra, e volto como humano!?

Enquanto eu encarava a palavra “Humano”, de repente ela foi ampliada e apareceu separadamente na minha frente.


‘Humano’… quantos significados podem caber nessa palavra. Depois de evoluir além do limite e dar uma volta completa, ele retorna ao ponto de origem: Humano. Mas não o subestime só por isso.


"Isso é muito profundo!!"

Como assim dar uma volta e voltar pra humano!? Do meu ponto de vista, eu devia ter ultrapassado até as fronteiras possíveis da biologia!

Nunca imaginei que ser “humano” pudesse gerar tanta reflexão filosófica…

Bom, deixa isso pra lá. Pelo menos não deixei de ser da espécie humana — isso já é algo positivo… eu acho.

Mas então… por que minha classe é “Monstro Sem Nome”!?
Se eu sou humano, por que meu trabalho é ser um monstro!?
Isso não é contraditório!?
E também: me chamar de monstro é sacanagem! Eu também tô tentando viver o dia de hoje com o máximo de dignidade, tá!?

E esse status!? Zeanos não chega nem perto disso!
Com valores assim, realmente faz sentido me chamarem de monstro, droga!

E esse atributo de Carisma!?
“À beira de explodir de tanto amor”!??
O quê!? Eu virei protagonista de anime idol!? É isso!?
Finalmente deixei de ser “vazio” nesse atributo e agora vira ESSA maluquice!?

Isso não faz sentido nenhum! Droga!!

E essas novas habilidades exclusivas!?
Quando foi que elas apareceram!?
Até a “Desmontagem Completa” mudou de lugar!

Resolvi olhar uma por uma.


‘Memória Instantânea’ — Memoriza tudo o que vê no instante em que vê.
‘Memória Perfeita’ — Tudo que é aprendido nunca é esquecido.
‘Aprendizado Instantâneo’ — Tudo que é ensinado é dominado instantaneamente.
‘Olho Espiritual’ — Aumenta absurdamente a percepção visual; ataques passam a parecer lentos. Além disso, passa a ver certas… “coisas”.


"Mas que droga! Isso é um festival de hacks!!!"

O que eu vou virar no fim das contas!?
Esse “Humano que deu a volta completa” não é brincadeira não!

Memória instantânea + memória perfeita…
Cara, como eu queria isso quando ainda estava na Terra!!

E esse Olho Espiritual!?
Ver ataques lentos!?
Isso já é além do que um ser humano deveria fazer!
E esse “ver várias coisas” aí… quê tipo de coisas, exatamente!? Fantasmas!?

Enfim, já chega de habilidades exclusivas.

Habilidades normais estão até organizadas agora.

Magia e técnicas não mudaram, só foram listadas corretamente.

Certo… hora de olhar os títulos.

“———TÁ DE BRINCADEIRA COMIGO!!!?”

Eu gritei com toda força. Não dava mais! Tolerância zero!

Saria me olhou assustada, mas eu nem tinha cabeça pra isso.

Analisei cada novo título.


‘O Homem Que Tem uma Gorila Como Esposa’
Impressionante em muitos sentidos. Com esse título, acredita-se que você conseguirá superar praticamente qualquer dificuldade futura. Provavelmente.


"Isso é só filosofia barataaaaaaaa!!"

Nem certeza tem!?
Ok, ter uma gorila como esposa relativiza vários problemas…
MAS AINDA ASSIM É UM TÍTULO HORRÍVEL!!

Suspirei e fui pro próximo.


‘O Topo de Tudo’
O topo de tudo.


"A explicação é preguiçosa demais!!!"

O que isso quer dizer!?
Topo do quê!? Da cadeia alimentar!? De poder!?
Nem dá pra pesquisar! Nem internet tem aqui!!


‘Sem Noção de Autolimitação’
Não possui limite de crescimento.


"É CLARO QUE NÃO SEI ME CONTER!!!"

Quer dizer então que eu posso crescer infinitamente!?
O que eu vou virar!? O próximo Deus!? O final boss!?


‘Rei dos Machos’
Sua capacidade reprodutiva atinge níveis absurdos. Super virilidade. Parabéns.


"POR QUE TERMINA EM BAIXARIA!?"

Como eu vou usar isso!?
Em que situação isso é útil!?
E por quê eu tenho que ter essa informação!?

Suspirei profundamente.

Mas ainda tinha uma coisa que me incomodava.

"Esses números entre parênteses!? O que significam!?"

Sério! A classe entre parênteses mostra “Mago-Espadachim”.
Os atributos mostram 10, 11, 12…
Isso significa o quê!?
Não tem manual!? Tutorial!? Nada!?

"Haah… haah…"

"Está tudo bem, Seiichi…?"

Saria me pergunta preocupada.

Mesmo depois de eu berrar igual um maluco, ela não se assusta.
Pelo contrário: se preocupa comigo.

"É, já passou…"

Sorrio para ela.

Ela fica toda vermelha e vira o rosto.

…Que tipo de rosto eu tenho agora!?
Ela está corando porque está contendo o riso?
Ou porque ficou encantada!?
Qual dos dois!?

Bom, não tenho espelho. Depois eu descubro.

Era hora de decidir o que fazer daqui pra frente.

"Saria, o que vamos fazer agora?"

"Hm?"

"Eu estava pensando em sair dessa floresta."

Eu já estava sentindo falta de… pessoas.
Mesmo que eu nunca tenha convivido tanto assim.

Saria sorriu radiante.

"Eu irei para onde quer que você for, Seiichi. Seu lugar… você mesmo… é o meu lar!"

…………

Sério. Essa mulher é perfeita demais pra mim.
Mesmo sendo um gorila às vezes.

"Obrigado."

Meu peito ficou quente.

Mas então—
Uma fanfarra ecoa pela caverna.

"O que é isso!?"

"N-não sei!"

Entramos imediatamente em posição de combate.
Saria já tinha virado Goria — de novo com a camisa e nada mais.
Eu queria nunca mais ver isso… mas não tinha escolha.

Ficamos alertas.

E então…

Uma voz desconhecida falou de algum lugar.

"Hmm, magnífico!"

"!!"

Viramos rápido para a direção da voz.

"Eeh!?"

"Hã!?"

E quando vimos quem era, ficamos boquiabertos.

"Desculpem-me pela falta de educação. Abordar sem me apresentar realmente causa desconfiança."

O dono da voz aproximou-se com elegância.

Eu e Saria estávamos completamente sem palavras.

Mas também… não é pra menos.

Porque—

"Eu sou Edward Lewzenstein Balhead Heibatoss, o administrador deste Labirinto.
Meu nome é comprido, então podem me chamar de Senhor Carneiro.
Prazer em conhecê-los."

—A figura diante de nós era um carneiro bípedo usando fraque e cartola.

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